domingo, 26 de julho de 2009

Nas estrelas



Já vem de longe o meu fascínio pelas estrelas e pelo espaço. Curto saber sobre viagens espaciais, astronomia, informações sobre Ufos ou objetos conhecidos atraem minha atenção, enfim, sou ligado em temas que se relacionam com o universo. Assisto a muitos filmes que tratam sobre isso e a cada ano percebo, mais e mais, que estamos prestes ver ao vivo e à cores muito daquilo que escritores, novelistas e os diretories de cinema já mostraram em suas obras.

De Julio Verne a Carl Segan, de Kubrick a Spielberg, milhares de pessoas contam histórias de façanhas, máquinas, lugares, viagens, seres e muitos outros detalhes jamais vistos e que a nossa imaginação os enriquece e faz com que viajemos juntos. À bordo da Interprise com o Capitão Kirk, Spock e McCoy minha mente foi povoada por planetas e eventos estelares que me embalam desde a mais tenra idade. A família Robson, o Sr Smith e o robot gritando "perigo, não tem registro" me levaram a construir minha primeia nave espacial no fundo do quintal da casa onde morava, ali na Lapa, bairro da Zona Oeste de São Paulo.

Bairro muito legal de rua plana, uma goiabeira no quintal cheia de taturana, espaço pra brincar, algumas galinhas no cercadinho, o jardim da minha mãe, um corredor longo da casa do vizinho que era meu amigo e tinha muitas irmãs. Esse era o meu universo e palco de jogos, brincadeiras, conversas, viagens, amizades, sonhos, problemas e muitas lembranças... No fundo do quintal tínhamos um quartinho da bagunça onde ficavam as ferramentas do meu pai, bancada, prateleiras cheias de potes grandes e pequenos com parafusos, porcas, fios, pecinhas, pedaços de outras máquinas, enfim, era um lugar mágico onde meu pai guardava tudo aquilo que ele acreditava que iria precisar uma hora ou outra. E isso acontecia mesmo, sempre tinha um vizinho pedindo um parafuso, borracha... acontecia!

Naquele quartinho tinha uma janela muito convidativa. Ela era aberta puxando-se uma cordinha que dava a exata sensação da janela do Júpiter 2, que se abria ou fechava dependendo da situação do momento como chuva de meteoros, luz muito forte do Sol e etc. Aquela janelinha foi a primeira peça da minha espaço-nave. Depois vieram o painel com a luzes que montei graças às peças que meu pai mantinha ali. Claro, ele brigou muito comigo porque eu mexia em tudo para realizar minhas ideias. Mas no fundo ele curtia que eu fizesse aquilo e até me ajudava, ensinando como ligar ou não ligar determinados fios. O jeito de martelar, serrar e outras práticas.

Tudo pronto, eu e meus amigos deixavamos a nossa base e viajámos pelo universo, visitando planetas e indo além. Quando as notícias dos voos espaciais começaram a dizer que logo o homem desceria na Lua, minha imaginação extrapolou e foi longe, cheguei lá antes deles.
Naquela época, anos 60 e 70, as imagens da nossa TV eram em preto e branco, víamos notícias nos cinemas, a revista Manchete trazia fotos incríveis sobre as viagens e conquistas espaciais. Mas a glória foi em 69, quando a Apollo 11 aterrizou, ou alunizou (rs), meu , eu estava lá e vi aquilo na telinha, foi lindo, me lembro que curti muito e logo depois corri pra minha nave e viajei.

Meu sonho sempre foi conhecer e estar no espaço, viajar de um planeta a outro e esse sonho alimentou outro que era tornar-me piloto de caça, pois tinha essa história que todos os astronautas tinham que pilotar aviões "a jato", os caças, enfim e eu queria ser um deles. Claro, o fato de usar óculos matou esse sonho na primeira conversa sobre ir para a Escola de Cadetes do Ar em Pirassununga, e daí pra frente passei a me concentrar naquilo que dava para fazer com as minhas condições físicas da época.

Não sei se sonho de tornar-me um astronauta passou, mas certamente os meus caminhos me levaram a viver muitas histórias e a manter muitas delas guardadas para serem contadas assim, por escrito, coisa que eu nem imaginava fazer. Pouco a pouco torno-me um astronauta que percorre tempos e espaços para contar histórias de passado e futuro, sem nenhuma preocupação com o por que delas, apenas revivê-las.

No filme Contato, a atriz Jodie Foster esta dentro da esfera seguindo pelo espaço e num instante ela para e confronta o universo lindo à sua frente, rapidamente ela diz "não deviam ter enviado um cientista mas um poeta" por conta de sua incapacidade de descrever tamanha beleza estampada http://vai.la/ayx . Me sinto assim como quando relembro minhas histórias e as relato envolvidas em cores, cheiros, sons, luz, valores e fatos que vão sendo lembrados como eram sentidos ou vistos e não necessariamente por sua realidade.

Ontem tirei meu telescópio da caixa e vou começar a limpá-lo para a próxima noite de céu limpo e pouca luz. Vou levar vinho também, tá afim?.

João Gambini

domingo, 19 de julho de 2009

Para matar um pouco da minha saudade que...

Em 2008 tive o privilégio de ser nomeado pela empresa em que trabalho, o SESC, para representá-la na Coreia do Sul, em duas cidades, Busan e Seoul, a convite do Comitê do TREX Games, um evento que reuniu dezenas de paises por meio de atividades esportivas, culturais, sociais e de integração.


Essa história é mais longa e conto depois, agora, o detalhe da viagem foi minha passagem na ida e na volta por Amsterdam, conexão para a Coreia. Na ida ficamos no aeroporto até embarcar pro Oriente, mas na volta, pudemos curtir uma cidade fantástica, entupida de bicicleta e convivência.


Para ter uma ideia da cidade, assista esse filme que está no link do http://www.likecool.com/ e mostra praticamente como a cidade flui, funciona, muito legal. É uma propaganda da Nike, mas muito bem feita http://vai.la/9EV


Durante cinco dias eu o Mário, colega que hoje está no SESC Interlagos, pedalamos, andamos, fotografamos e fomos pra noite de Ams, como dizem os locais. É uma cidade que vale muito a pena vivê-la por algum tempo. Encontramos pessoas de todas as nacionalidades, não só turistas, mas trabalhadores em bares, restaurantes, banheiros e em muitos outros lugares.


Nessa foto, estamos em frente ao hotel - Chic and Basic - http://vai.la/9F0 preço bom e confortável, com nossas bicicletas alugadas no próprio hotel e dali partimos para conhecer a cidade. Fomos a museus, parques, andamos pelas ruas do centro, passeamos nas lanchas pelos canais, meu, curti muito.


Tiramos muitas fotos, mas vou postar aquelas que representam bem algumas características dessa cidade que é cosmopolita e convive com muita diversão como essa visita ao Museu do Sexo, ou ainda, uma linda visita a umcentro cultural só para a música. Ou ainda, ao visitar o Nero, um museu voltado para a ciência, principalmente, para a marítima - tem até um uma embarcação linda a vela que representa a história da marinha holandesa.


Bem, queria trazer um pouco da viagem pra matar minha saudade de Amsterdam. Afinal, como diz o nome desse meu blog - essa viagem é sem dúvida "Um pouco do meu canto".

Ah, claro, não esqueci dos tamancos holandeses e até calcei...
Valeu muito ter vivido essa viagem, agora, compartilho por aqui tb!
Abraços a todos.
João Gambini